sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
1 ANO DE PROCESSO!!!!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Dessa vez conseguimos!
Link para o resultado final
domingo, 30 de maio de 2010
3Joãodiabo1
sábado, 20 de março de 2010
MARIA DE NAZARÉ RIBEIRINHA: A GRAVIDEZ!
segunda-feira, 1 de março de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
meu princípio de Diário de Bordo
Mas um pensamento cresce em mim e reage contra a incerteza, que beira a insegurança, de se realizar um tal projeto: a criação artística não pode ser privilégio de uma classe artística, mas um direito de todo cidadão, que, ao meu ver, terá cada vez mais acesso à arte através do fortalecimento das classes artísticas, desde que tal fortalecimento esteja condicionado ao compromisso social (e não classista) do artesão para com a difusão de uma cultura de criação, que possibilite ao indivíduo não apenas criar a forma artística, mas atuar na cena da vida, criticamente, com autonomia sobre a definição do próprio futuro.
Para mim, este é o princípio que justifica a criação de um diário de bordo para este processo de pesquisa, experimentação e criação artística, na plataforma blog, que resultará em uma publicação on-line de registro dos percursos que trilhamos até a conclusão do processo "3joãodiabo1". A idéia é publicizar uma descrição completa do processo, desde a pesquisa de criação do espetáculo, passando pelas etapas de experimentação cênica, até a conclusão do roteiro e dramaturgia.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
História e perfil de João Maldito
Defeitos: Cético, desconfiado, louco, amaldiçoado e solitário
Qualidades: Sábio, simples e amigo
Adereços: Tem uma planta de estimação, tem uma bengala ou cachado que usa como um dos seus membros, pois a idade já não era sua parceira.
Motivação: Encontrar o demo para se ver livre de sua maldição. Encontra novamente a chuva. (Ver “História”)
História:
Um fato revela muito da história de João Maldito. Certo dia, João e seu pai voltam da roça. Ouvem uma voz vinda de uma garrafa. Pai pega a garrafa e discute com o demo preso. Humilha-o por ter sido colocado dentro de uma garrafa e subestima seus poderes. Diz que o demo não tinha força nem pra fazer chover. João pede para o pai não abrir a garrafa: “não brinque com o demo!”. O diabo promete fazer chover se a garrafa for aberta. O pai abre a garrafa e o demo cumpre a promessa. Chove. Mas o rabo de seta pede pro pai se desculpar pelos insultos anteriores. O pai se faz de rogado e diz que nunca irá pedir desculpas pro encardido. Sendo assim, o diabo, para proteger sua honra própria, lança maldição no pai de João. O filho paga pelo pai da seguinte forma: onde João estiver, não choverá, até que o pai peça desculpas ao diabo. O pai fala que nunca faria tal coisa condenada por Deus. (Pedir desculpas pro Diabo). Para a chuva. Passa o tempo e a roça não prospera. A maldição estava em curso. O pai, teimoso/orgulhoso, morre miserável sem pedir as desculpas. Amaldiçoado, João se torna um andarilho solitário em busca do diabo e de um modo de quebrar a maldição. Não pode parar muito tempo em cidades, pois trás o fardo da seca consigo. Adquire aspecto/aparência de louco.
Local de nascimento: a definir...
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Momentos iniciais de inserção no processo
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
O 4º elemento: Apresentando "Aquele"
Nossas idéias revelam-se ousadas e inspiradoras e, pouco a pouco, vão dando forma a esse espetáculo provisoriamente conhecido como "3joãodiabo1".
Foi nesse percurso que surgiu o personagem que estou pesquisando, um 4º elemento, um antagonista, um personagem surpreendente que promete movimentar nossa estória.
Seu nome???
Bom, por hora, acho que vamos conhecê-lo apenas como "Aquele".
Seja quais forem suas reais intenções, ele pretende dar uma ajuda para os 3 Joãos (Jupiara, Sidu e Cisquinho) em sua jornada em busca de fazer chover no sertão.
Assim que tivermos ilustrações desse personagem ainda obscuro, vamos conhecer mais sobre ele.
Aguarde e confira!!!
sábado, 13 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Trecho de um poema!
Mas hei guardar saudade,
Do meu pequeno sítio ou da cidade,
Lugar que plantei o meu coração.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Corpo e máscara
Este é o trabalho do Mummenschanz, companhia de teatro suíça que ficou famosa por suas máscaras bizarras e movimentação. Tem gente que os compara com o Blue Man Group de hoje. Gosto deles como referência para o trabalho de corpo que vamos desenvolver na cena "nua".
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
INVOCAÇÃO ATENDIDA NO PAPEL
O novo trabalho do Andrei carrega a idéia do "dia líquido", que o Cordel do Fogo Encantando muito bem trabalha em CHOVER, música que começa com os seguintes versos:
"O sabiá no sertão
Quando canta me comove
Passa três meses cantandojavascript:void(0)
E sem cantar passa nove
Porque tem a obrigação
De só cantar quando chove"
OBS: A propósito, não é a toa que o outro nome da música é INVOCAÇÃO PARA UM DIA LÍQUIDO.
O clipe segue abaixo:
Pra conferir a letra inteira, clique aqui.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
merda vira adubo...
"cadeachuva?", "3joãodiabo1", nomes vem e vão, e não ficam. a criança não tem nome, tampouco sexo. ainda.
um "processo colaborativo", foi o que os meninos (e a Carol) disseram ao me apresentar a proposta. no final, todos acabamos por adorar essa "colaboratividade", porque não ficou somente no campo das idéias, mas assumiu a ação. estamos, portanto, colaborando. muita coisa do que falamos é merda mesmo, mas, como disse o professor André, um dos irmãos Souza: "merda vira adubo". Espero que esse adubo sirva e se converta em epifanias (mais uma pérola do grande professor, que não é Paulo Freire).
começamos a escrever o roteiro hoje. o que isso significa? que temos muitas idéias dispersas, carentes de organização. em breve, certamente, teremos avançado. mas fica o registro do início desta empreitada colaborativa. de fato, estamos construindo esse trabalho ouvindo vozes criadoras. temos agora que estabelecer um plano de criação que nos possibilite avançar num ritmo determinado. temos fevereiro inteiro pra conceber boa parte deste trabalho, uma espécie de texto base.
merda pra nós, do Grupo de Teatro da UNIPOP.
colaboradores do post: felipe, carol e andré.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Vamos lá, galera, mãos à obra!!!!
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Tempo-Espaço do cego
Os caminhos deste processo estão se ramificando, como as raízes das plantinhas. A pesquisa mostra que pouco ou nada sei sobre essa vida tão diferente da minha que é a de João Jupiara.
Ele vive em um local que nunca conheci, Itabaiana (PB), sobre o qual apenas encontro informações em vários sites que nunca vão me oferecer um experiência tão concreta quanto o estar lá.
Sei que não tenho lido o suficiente sobre esse lugar, mas preciso avançar na construção da personagem, que não pode ser definida apenas pelo lugar. Aí penso na categoria tempo que me mostra que todo lugar muda com o tempo. Isso reforça a idéia de que não devo me apegar tanto ao local, tampouco renegá-lo.
Jupiara, pra mim, é um órfão da Modernidade, que não conseguiu se adequar a ambiência de transformações do século passado e criou, até mesmo pela limitação da cegueira, seu próprio mundo de sobrevivência em tão hostil ambiente.
Ele não é vítima da seca. É um azarado: seus pais morreram por que o coroa não sabia ler e João ficou cego misteriosamente anos depois de ser adotado por padre Chico. Mas é também um grande sortudo: tudo o que sonha acontece.
Ele demora muito tempo até perceber que é um profeta. Quando o descobre, decide partir em busca do que viu em um sonho: o trovão que curaria seus olhos e o chamaria de Jupiara.
Não apenas o lugar e o tempo são cruciais pra construção desse perfil, mas a própria investigação sobre o universo dos deficientes visuais. O André sugeriu que eu fizesse um laboratório na Biblioteca Braille do CENTUR. Vou lá na próxima semana. Meu próximo post vai tratar das impressões sobre esta experiência. Até lá.
Jupiara agora é cego
O pai matou a mãe, porque o pai não sabia ler. Ele pensou que ela o traia. Quando soube da verdade, ele se matou. Tão triste fim tiveram, porque ele não sabia ler.
João ainda menino ficou cego. Ele, porém, nunca perdeu a luz. O cego João anda pelas cidades da Paraíba contando, por algumas moedas, as história dos seus sonhos, verdadeiras premonições.
Jupiara não sabia que é um profeta legítimo. Certo dia descobre a verdade e lembra de um sonho que nunca esqueceu: em algum lugar desconhecido, uma chuva não cansa de cair. No mesmo sonho, um trovão chama-o de Jupiara e devolve-lhe a visão. João decide encontrar a chuva para levá-la a Itabaiana (PB), que enfrentava estiagem severa nos últimos anos, e o trovão, que lhe daria novos olhos.
Um pouco de João Jupiara por João Jupiara:
"Fui criado sacristão, mas nunca entendi o que São Sebastião, padim e Damião queriam dar pra esta terra. Eles falavam de um céu tão alto, distante.
Fui criado sacristão, em casa de padre Chico, homem sábio, de coragem, que me ensinou a rezar e letrou. Pois se ao crescer não desse pra padre, ainda podia ser doutor, dando outro tipo de remédio pros homens. Mas nem doutor nem padre quis ser.
Decidi muito garoto que minha vida era andar pelo sertão, pra encontrar a cura pra terra, que tanta gente pisa e não conhece. Por que padre e doutor só cura as doença da gente. As doença do chão ninguém sabe tratar. Tá pra nascer cabra que isso possa fazer.
Mas se algo aprendi na sacristia, é que depois da morte, no terceiro dia, o homem pode renascer. E se o truvão, chegado o dia, me arrebatar, me fizer pó, me puxar dessa terra, não se espante. Aguarde o terceiro nascer do sol e, no início da tarde, antes da chuva arriar, Jupiara vai trovejar".
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Cisquinho
João Francisco Matias Chagas jr. o Cisquinho, nasceu em uma casa singela na região do Cariri-CE. uma região de clima semi-árido do nordeste brasileiro.É o responsável por seus cinco irmãos mais novos.corajoso como é vai atrás da chuva para poder ajudar o seu sofrido povo.
"Perdeu pai e mãe, mas não está sozinho.agora busca seu caminho com outros dois companheiros vão decidir o seu destino".
Cisquinho e seus irmãos
CISQUINHO:
Um apelido carinhoso que foi dado quando ainda era uma criança, pois parecia muito com o pai, que inclusive ganhou além do apelido o próprio nome do pai João Francisco Matias Chagas Jr.Da casa era o filho mais velho, era um exemplo de responsabilidade, seriedade, e é esforçado, é capaz de tudo para alcançar seus objetivos. Mas também é uma pessoa rancorosa e fechada, muito pelo fato de ter aprendido da pior forma o peso da responsabilidade de cuidar de sua família inteira, isso o torna meio revoltado , tende a não levar desaforo pra casa, não gosta que o vejam como um coitadinho, não gosta de muita frescura não tem muito estudo, mas a maior de todas as lições, ele aprendeu muito bem: sobreviver...
JAIRZINHO:
É um ano mais novo que Cisquinho, é trabalhador e honesto, é a pessoa ideal para cuidar dos irmãos mais novos, apesar de não ter o pulso forte e a coragem do irmão mais velho. é bastante religioso e até mais sonhador que o próprio Cisquinho, porém espera que a salvação caia dos céus e que Deus tenha piedade de todo o povo nordestino...
ROBERTO e RIVELINO:
são os dois irmãos gêmeos e inseparáveis, receberam estes nomes pelo pai, que era muito fã da seleção brasileira de 70, e decidiu colocar o nome de um dos maiores ícones da época nos dois filhos.
BETÂNHA MARIA:
É a única mulher da casa talvez a que mais se apegou com a mãe, junto com Roberto e Rivelino se mantém na escola, eles são a grande esperança da família.
PELÉ:
Nasceu pretinho pretinho, e tão diferente dos irmãos mais velhos, o pai não perdeu a ocasião de por um nome tão oportuno no filho. O caçula da família é geralmente o alvo das chacotas. Ainda é uma criança, mais já sabe como ninguém o peso de ter que trabalhar pelo seu pão de cada dia.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Roteiro rimado da história
Diz que um dia no sertão
Três cabocos se encontraram
Cada um com seu passado
E sua própria direção
Nas palavras que trocaram
Descobriram por acaso
que os três compartilhavam
Uma coisa a lhes faltar
Tantos sonhos, tantas dores
Igualados na mesma vontade
De topar c'um pouco de chuva
E mudar sua realidade
E foram os três sertão afora
Sem ter dia, mes, nem hora
Foram em busca da resposta
Pela chuva a procurar
Foi-se o cego destemido
Com o jovem sonhador
Mais o velho, o mais sabido
E a história começou
Mas por força do destino
Bem no meio do caminho
Encontraram co' Encardido
Que queria prosear
(CONTINUA...)
Bom, gente, ainda estou trabalhando nisso, bem como em outros excertos de texto para o nosso espetáculo. Como as postagens aqui no blog devem ser semanais, logo logo estarei postando mais material.
André Souza
sábado, 16 de janeiro de 2010
Novo processo
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Um texto pré-previsto! (fragmentos)
"...Verdade que tudo já era bem comum... Uma morbidez que parecia sempre ter existido... Um pedaço perdido no nada..."
"...Fechei os olhos e dormi ali mesmo, sob o olhar do Senhor dos séculos... Catando apenas meus sonhos..."
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
No início, o verbo
Três vidas, um encontro, um mito e desafios. Começo a enxergar o Sol de Jupiara, mitologia de índio, com algo de um Júpiter-Zeus. Penso agora do meu lugar, com o meu falar. Assisto A Sombra do Samurai, pra captar o corpo de realeza. Shingen Takeda, arigatô.
Penso na Paraíba. Vou conhecer a Paraíba lá da casa da vovó. Vou conversar e encontrar respostas na minha própria história. Quero um Jupiara metido a artista, com algo de Jack Sparrow. Um tick nervoso com o canto dos lábios, talvez.
Umas roupas bem folgadas, escuras, meio Lawrence da Arábia. Referências não vão faltar. A costura vai ser braba. Mas não só de Ctrl+C+Ctrl+V o Jupiara vai surgir.